Durante uma passagem vibrante pelo Brasil em dezembro de 2016, quando fizeram shows em Brasília (PicniK) e São Paulo (Sesc), um questionamento ficou latente: como se aprofundar um pouco mais no trabalho desta trupe? Sem nenhum disco oficial lançado, o caminho era ter de esbarrar novamente com um show dos caras pela Europa, ou então chafurdar o Youtube atrás de trechos de apresentações, ensaios etc... Numa daquelas jogadas dignas de filme hollywoodiano (ou seria alguma passagem de Emir Kusturica?), uma meninada empolgada convenceu os caras a investirem um pouco de suas “férias” nos trópicos enfurnados 18h dentro de um estúdio, onde foi possível registrar as faixas que fazem parte do “Babylon EP”, que está disponível hoje para ser ouvido nas principais plataformas de música digital, marcando o primeiro lançamento do selo candango Quadrado Mágico.

Sobre o inusitado encontro:
"Esbarrei com Morski e cia durante uma apresentação no Glastonbury, em 2015. Era uma tenda esfumaçada, cheio de nômades, imigrantes, forasteiros, dealers, marginais e outsiders dos mais curiosos tipos... E a música era arrebatadora, ancestral até: caí literalmente em lágrimas! (PS: Depois fiquei sabendo que teve integrante da banda que chegou a tocar 19 vezes nesse mesmo ano do festival!) Virou um sonho trazê-los ao Brasil para poder compartilhar esse tipo de energia com nosso público. As dificuldades eram muitas e só conseguimos tirar o plano após inúmeros chats digitais quase 18 meses depois. Uma das dificuldades em conseguir “vender” mais datas dos caras, acabou se transformando num gatilho para um desafio... Aproveitar a curta janela do trio pelo país para registrar esse tipo de ser humano que anda cada vez mais raro: nômades, dos tipos que vivem intensamente, e às vezes até inconsequentemente, o seu dharma (ou seria dom?), surfando sempre com um sorriso no rosto pelas ondas dessa nossa existência cada vez mais sem sentido e pueril, pulsando vida sem precisar de um teto fixo para querer ser seu!"